5 maneiras de melhorar a comunicação com paciente

20 de agosto de 2022

A boa comunicação com paciente é um dos pilares do atendimento médico humanizado e deve ser um pressuposto em consultas presenciais ou virtuais.

Existem diversas estratégias que podem ser adotadas pelo médico e sua equipe para garantir a melhora da comunicação com os pacientes. Confira a seguir.

Qual a importância da comunicação médico-paciente?

Um primeiro ponto é entender porque é importante investir em práticas e habilidades para melhorar a comunicação entre médico e paciente.

Uma interação com comunicação mais satisfatória entre as partes garante mais confiança do paciente no profissional, o que ajuda a tratar de temas delicados e pessoais que envolvam a saúde e estilo de vida.

Considerando isso, a boa comunicação pode influenciar até mesmo a capacidade de o médico prestar um atendimento mais apropriado.

A comunicação também é o pilar de um relacionamento respeitoso, o que é imprescindível na prática médica.

Ao ter uma relação mais satisfatória e baseada no respeito mútuo aumentam as chances de o paciente seguir a prescrição, inclusive com mais propensão a adotar mudanças no estilo de vida para ser mais saudável, como reduzir o tabaco e bebidas alcoólicas e praticar exercícios físicos.

Portanto, são diversos os motivos que justificam que haja um esforço ativo dos profissionais de saúde em prol da boa comunicação com paciente

Como melhorar a comunicação com paciente?

Existem algumas práticas e habilidades que podem ser desenvolvidas pela equipe médica com foco no aprimoramento da comunicação. Confira a seguir!

1. Empatia

A comunicação empática é aquela na qual o médico coloca-se no lugar do paciente para entender sua situação, o que viabiliza um atendimento mais humanizado ao considerar as dores, necessidades e individualidades de cada paciente.

A empatia anda lado a lado de uma prática mais compassiva, na qual o relato, as emoções, os sentimentos e as opiniões do outro são efetivamente considerados.

2. Escuta ativa

Juntamente com a prática da empatia nos contatos com o paciente é importante exercitar a escuta ativa, o que significa dar atenção ao que o paciente está contando, sejam seus sintomas, histórico pessoal e familiar, sensações, inseguranças e outros.

Por meio da escuta ativa o paciente sabe que suas ponderações estão sendo de fato compreendidas pelo profissional que o atende.

Uma característica da escuta ativa é que ela dá mais espaço para que o paciente fale, entretanto, é importante que seja um diálogo, de forma que o médico esteja ativamente envolvido na comunicação.

3. Vocabulário simples

É sabido que o vocabulário médico é cheio de termos técnicos e eles têm sua importância no campo científico e mesmo no dia a dia dos encaminhamentos, diagnósticos e tratamentos.

Apesar disso, é importante que o médico seja capaz de adequar o vocabulário ao nível de compreensão do paciente, portanto, é sempre uma ponderação individualizada.

Por garantia, o uso de um vocabulário simples, acessível e objetivo será sempre preferível para que não haja problemas na compreensão do paciente que possam prejudicar seu entendimento da própria saúde.

Nesse sentido, é importante que se use um vocabulário simples e didático que pode ser acompanhado de termos técnicos desde que eles sejam explicados.

Esse cuidado é importante para que o paciente não perca o protagonismo da própria saúde, compreendendo sua condição, quais as implicações dela para sua vida, quais os cuidados e medicações necessários etc.

4. Pontualidade

Muitos profissionais não veem como a pontualidade pode ter relação com a promoção da boa comunicação com paciente, entretanto, trata-se de um aspecto básico e indispensável.

Ser pontual no atendimento ao paciente e não deixá-lo esperando é uma atitude respeitosa por parte do profissional e demonstra que ele valoriza o tempo do outro.

Quando um atendimento começa após um longo período de espera e atraso, a primeira impressão do paciente já será negativa e mais difícil de reverter mesmo com uma comunicação apropriada.

Uma boa forma de otimizar o tempo é se valer de recursos que podem acelerar processos comuns, como reconhecimento de voz para laudo ou ainda outras tecnologias. Com o tempo otimizado, a pontualidade não está distante da realidade de cada profissional.

5. Disponibilidade

Junto à pontualidade, outra questão importante para uma boa comunicação entre médico e paciente é a percepção de disponibilidade e abertura do profissional.

Isso significa dar espaço e indagar se o paciente tem alguma dúvida que precisa ser esclarecida em relação a qualquer aspecto abordado da consulta ou sobre sua situação de saúde.

Mostrar-se disponível para o paciente é um fator importante para criar conexão entre as partes e demonstrar o interesse genuíno do médico no bem-estar e saúde do paciente.

O exercício dessas práticas demanda também paciência por parte do profissional, afinal, muitas vezes é necessário explicar algo repetidas vezes e usando recursos linguísticos variados para se fazer entender com precisão.

Verifica-se assim que a comunicação com paciente está embasada em diversas habilidades e cuidados durante o atendimento. Esses aspectos são importantes no atendimento presencial, mas também no online, garantindo uma boa experiência em teleconsultas.

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