As perspectivas da telemedicina no pós-Covid
A telemedicina já era regulamentada no Brasil, mas foi ampliada na pandemia para garantir assistência médica a distância. Tendência é que práticas sejam aprimoradas no futuro.
Com o avanço da vacinação contra Covid-19 no Brasil cada vez mais é possível esperar o cenário pós-pandemia que, além de transformações da área social, como em decorrência do distanciamento, promoveu mudanças na saúde, como com a telemedicina.
De fato, a área da saúde passou por transformações profundas em decorrência da pandemia da Covid-19 como no aspecto de infraestrutura de atendimento, protocolos sanitários, acesso à saúde, processos etc.
Dessa forma, com o pós-Covid é importante fazer uma triagem das melhorias e aprendizados da área da saúde que podem ser levados adiante conforme a retomada da normalidade social.
Quais as mudanças na saúde em decorrência da pandemia de Covid-19?
Na área da saúde as transformações foram necessárias para que houvesse uma junção entre aumento da capacidade de atendimento devido ao crescimento exponencial da demanda, com ampliação do acesso e restrições de deslocamento.
Algumas transformações importantes, especialmente com auxílio da tecnologia, possibilitam alcançar tais objetivos, como:
- modernização da infraestrutura: muitos hospitais e clínicas tiveram que investir na infraestrutura física para melhorar a qualidade e capacidade de atendimento, como equipamentos radiológicos mais modernos, internet mais rápida, computadores, respiradores e outros;
- atualização dos processos: a triagem médica ganhou centralidade dada a importância de distanciar pacientes com suspeita de Covid dos demais, promovendo uma maior agilidade da triagem e dos processos de atendimento;
- adoção de sistemas digitais: entre os benefícios da tecnologia incluem-se à adoção dos sistemas digitais para gerenciar agendas dos médicos, compra de insumos, logística de medicamentos e leitos, pagamentos etc. Tudo isso ocorrendo com colaboradores administrativos em home office;
- ampliação da telemedicina: apesar de já regulamentada no Brasil antes da pandemia, a telemedicina passou por uma rápida ampliação, como com a regulamentação das teleconsultas, o que permitiu o monitoramento e consultas por intermédio das tecnologias digitais e redução de deslocamentos.
Além das transformações gerenciais e operacionais que viabilizaram a ampliação da capacidade de atendimento e práticas para reduzir a transmissão do vírus também ocorreram avanços em outras áreas da saúde.
Entre os exemplos destacam-se a criação de testes de Covid-19 mais rápidos e precisos, respiradores de custo acessível, máscaras com tecidos especiais, vacinas, entre outros.
Quais os benefícios da telemedicina às clínicas e hospitais?
Um dos destaques na área da saúde com a pandemia da Covid-19 foi, definitivamente, a adoção e ampliação da telemedicina em clínicas e hospitais.
A telemedicina consiste no fornecimento de serviços médicos por intermédio das tecnologias da informação e comunicação (TIC), incluindo teleconsultas, telemonitoramento, telerradiologia e outras.
Os benefícios, especialmente considerando a situação pandêmica e os protocolos sanitários, são vários, como:
- redução da circulação de profissionais e pacientes viabilizando a diminuição dos deslocamentos no ambiente hospitalar que é mais crítico, o que contribui diretamente à redução dos contágios;
- agilidade dos processos de atendimento e gestão, uma vez que a clínica ou hospital recebe apenas casos mais graves ou essenciais, enquanto atendimentos de menor gravidade recebem assistência via internet;
- ampliação da assistência médica, uma vez que médicos e pacientes podem ficar em contato, seja em consultas ou monitoramento, a distância, podendo interagir sempre que necessário à preservação da saúde;
- redução de custos devido à redução dos deslocamentos, mas também em decorrência da assistência assídua por meio das TICs, evitando complicações do paciente que não querer buscar atendimento médico presencial.
Apesar de a diminuição dos deslocamentos em instituições de saúde ser uma demanda urgente da pandemia da Covid-19, destaca-se que a circulação nestes ambientes sempre demandou cuidados, sendo um local com maiores chances de contágio de doenças em geral.
O que se espera da telemedicina pós-pandemia?
Para o momento pós-pandemia, quando a vacinação já estiver avançada e a imunidade for uma realidade na sociedade, os avanços da telemedicina devem ser mantidos e aprimorados. Conheça as principais tendências.
Consolidação das práticas
Engana-se quem acredita que o mundo pós-Covid será como antes na área médica. O alerta continuará existindo por anos, de forma que a telemedicina tende a ser consolidada.
As principais práticas, como a teleconsulta, telemonitoramento e telerradiologia, tendem a ganhar mais espaço conforme as clínicas e hospitais confirmem os benefícios dessas soluções.
De fato, a expectativa é que as práticas sejam inclusive melhoradas, garantindo mais conforto, praticidade e eficiência.
Melhoria das ferramentas
Assim como as práticas, as ferramentas devem ficar cada vez mais inteligentes e amigáveis aos usuários, garantindo mais agilidade e domínio sobre os recursos.
Além disso, com a inteligência artificial, a expectativa são tecnologias que se aprimoram continuamente, proporcionando experiências cada vez mais satisfatórias e personalizadas.
Adesão dos pacientes
Muitos pacientes ainda estão inseguros quanto ao uso da telemedicina em diferentes atendimentos e serviços de saúde, mas a expectativa é que haja uma aceitação e adesão cada vez maiores, conforme o uso continue.
Dessa forma, a tendência é que mesmo após a pandemia da Covid-19 as teleconsultas e telemonitoramento permaneçam.
Verifica-se assim que as perspectivas da telemedicina para o pós-Covid-19 são elevadas, demandando atualização por parte de profissionais da saúde e gestores para que fiquem atentos quanto a essas práticas e tendências.
Ver outros posts