A utilização de nuvem no dia a dia da telemedicina

5 de dezembro de 0201

A computação em nuvem, assim como outras tecnologias, promove uma transformação profunda nas operações da área da saúde ao ser integrada a diferentes práticas, como telemedicina, telessaúde e gestão hospitalar.

A computação em nuvem baseia-se na alocação dos dados e sistemas em servidores de uma empresa terceirizada externa à instituição de saúde. O objetivo é substituir a demanda por servidores locais.

Atualmente, os processos na saúde, desde o cadastramento de pacientes até a realização de procedimentos e exames, gera um montante enorme de dados.

A manutenção dessas informações em servidores internos começou a representar diferentes problemas às instituições, como necessidade de investimento em equipes de TI maiores, novos equipamentos, salas especiais de refrigeração e outros.

Os gastos com os sistemas computadorizados começaram a abocanhar uma parcela significativa dos orçamentos e a necessidade de revisão do modelo tornou-se latente.

Nesse contexto, consolidava-se a computação em nuvem, viabilizando o armazenamento externo dos dados a custos mais acessíveis e condições vantajosas. 

Hoje em dia, a computação em nuvem já é realidade em muitas instituições de saúde, mas ainda gera dúvidas em gestores de quais são seus usos diários.

Como a computação em nuvem é usada na saúde?

A computação em nuvem proporciona benefícios à área da saúde que são mais amplos do que a mera economia de recursos.

Cada vez mais as práticas cotidianas das clínicas e hospitais são reformuladas e os diferenciais da computação em nuvem viabilizam a transformação digital dessas instituições.

Mobilidade de profissionais

Na computação em nuvem o acesso aos dados armazenados é feito por uma plataforma alocada em servidor externo que pode ser acessada por meio da internet mediante login e senha.

Portanto, os dados podem ser acessados de qualquer dispositivo com conexão à internet mediante os critérios de segurança.

Com isso, os profissionais de saúde podem trabalhar de diferentes locais, como do consultório ou de casa, por exemplo.

A mobilidade da nuvem mostrou-se muito vantajosa no início da pandemia da Covid-19 quando as tarefas administrativas do sistema de saúde passaram para o home office.

Dessa forma, instituições que já contavam com sistemas na nuvem tiveram essa transição facilitada. 

Produtividade das equipes

A nuvem também faz diferença na produtividade diária dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente, pois facilitam o acesso às informações dos pacientes, reduzem a perda de dados e a necessidade de refação.

Um exemplo é o software Laudite de reconhecimento de voz para laudo no qual o médico radiologista dita os achados para que o sistema faça a transcrição automática.

O Laudite é alocado na nuvem e tem um recurso de autosave, o que evita que o profissional perca o trabalho caso o computador apresente alguma pane. Além disso, ele garante mobilidade na execução das atividades.

Serviços terceirizados

Os serviços terceirizados da telemedicina, como a telerradiologia e o telecomando, também se tornam mais práticos e ágeis com a computação em nuvem.

No caso da telerradiologia, o sistema pode ser alocado na nuvem facilitando a transmissão de dados entre as instituições de saúde, o que agiliza o processo de emissão de laudos ao mesmo tempo em que garante a segurança dos dados do paciente. 

Colaboração entre profissionais

A telemedicina também prevê a colaboração de profissionais da saúde por meio da teleconsulta, pela qual é possível solicitar uma segunda opinião médica na rede de contatos da área.

Os sistemas na nuvem facilitam o compartilhamento de informações relevantes, como o prontuário do paciente, resultados de exames e outros documentos que contribuam na definição mais acertada do diagnóstico e tratamento.

Segurança da informação

Os sistemas de computação na nuvem, mesmo alocados na rede global de computadores, são mais seguros que sistemas locais.

As empresas terceirizadas têm diversos protocolos de segurança para minimizar ocorrências como acesso indevido, perda de dados devido aos malwares ou mesmo furto de hackers.

As informações são criptografadas para elevar a segurança e os sistemas usados, especialmente os da saúde, contam com elevados níveis de segurança da informação para mitigar riscos.

Modernização das operações com a telemedicina 

A computação em nuvem permite modernizar as operações das instituições de saúde, desde atividades operacionais e gerenciais até o próprio atendimento ao paciente, como ao disponibilizar resultados de exames pela internet.

A adoção de soluções de telemedicina também é facilitada com a adesão à tecnologia, pois o software como serviço (SaaS) é mais prático e tem a implementação simplificada.

Mesmo os sistemas de gestão hospitalar podem ser alocados na nuvem, assim como agenda de consultas, exames e procedimentos, prontuários médicos e demais documentos.

Armazenamento e acesso dos dados

Por fim, um dos principais usos na nuvem no dia a dia da telemedicina e da saúde como um todo é o armazenamento de dados, evitando a necessidade de arquivos físicos.

Com os arquivos digitais, o acesso aos documentos e histórico do paciente é simplificado, garantindo mais dinamismo, inteligência e eficiência aos processos da saúde.

Portanto, a computação em nuvem tem transformado as atividades em saúde e a adesão dos gestores influencia diretamente a modernização e transformação digital nessas instituições.

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