Como escolher um bom aparelho de raios-x?

25 de janeiro de 2022

A escolha do aparelho de raios-x na clínica radiológica deve ser estratégica considerando o potencial de investimento da instituição, mas também suas demandas imediatas e planos futuros.

O alto investimento demandado para aquisição de um aparelho de raios-x faz com que seja necessário conciliar essa escolha com o planejamento estratégico de médio e longo prazo.

A seguir conheça quais são os tipos disponíveis de equipamentos e quais critérios usar na definição daquele mais apropriado à clínica.

Quais são os tipos de equipamento de raios-x disponíveis?

O primeiro equipamento de raios-x foi desenvolvido pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen em 1895 e, desde então, o aparelho e a tecnologia foram aprimorados visando menor exposição radioativa e maior qualidade.

Entender quais os tipos de raios-x é fundamental para uma escolha mais acertada às necessidades da clínica ou hospital. Confira!

Equipamento de raios-x convencional

A mais tradicional das opções é o equipamento de raios-x convencional, com tecnologia analógica.

O aparelho é fixo na sala de radiologia e composto por mesa orientação que pode ser ajustada de acordo com o tipo de exame, como de cabeça, tórax e membros, por exemplo.

Na parte superior do equipamento é localizado os componentes que emitem o feixe de raios-x e os colimadores, que limita o campo de incidência da radiação.

Após a captação da imagem radiológica, é necessário fazer a revelação do filme que é formado por sais de halogeneto de prata.

Por conta desse processo de impressão do exame radiológico, o equipamento tradicional apresenta custos superiores para operacionalização, além de maior exposição radioativa e demanda políticas de descarte de lixo tóxico.

Equipamento de raios-x digital

O equipamento digital de raios-x diferencia-se do tradicional principalmente pela forma como capta e gera as imagens radiológicas.

Nesse aparelho, as informações são capturadas por uma placa sensível à radiação que gera a imagem em pixels diretamente no computador, em uma imagem digital. Neste grupo, encontram-se o CR e o DR.

Devido ao avanço da tecnologia usada, esse aparelho reduz a exposição do paciente à radiação ao mesmo tempo em que permite melhorar a qualidade da imagem radiológica que fica mais clara.

Equipamento de raios-x móvel

Uma opção mais compacta é o equipamento de raios-x móvel, usado principalmente em hospitais, pois atende pacientes com dificuldades de locomoção ou que precisam ser atendidos em quartos, por exemplo.

É possível encontrar esse tipo de aparelho tanto com a tecnologia convencional quanto com a digital.

Equipamento de raios-x com fluoroscopia

Outra opção são os equipamentos de raios-x com fluoroscopia, que consiste em uma técnica que permite visualizar os movimentos internos da área analisada em tempo real.

Também chamada de radioscopia, esse aparelho, que está disponível na versão convencional e digital, é usado em atividades como colocação de cateteres, implantes ortopédicos e marcapasso.

O equipamento ainda permite o uso de contraste na realização do exame radiológico, viabilizando uma melhor visão das estruturas internas, contribuindo em diagnósticos, tratamento e monitoramento.

O aparelho com fluoroscopia possibilita diferentes inclinações horizontais e verticais para permitir a realização do exame em várias partes do corpo. 

Como escolher o aparelho de raios-x para clínica radiológica?

Portanto, conhecendo os diferentes tipos de aparelhos de raios-x, os gestores da clínica podem selecionar a opção mais adequada. Conheça a seguir alguns critérios a serem considerados.

Demandas da clínica

O primeiro e mais importante aspecto a ser considerado na escolha do equipamento de raios-x é quanto às demandas majoritárias atendidas na clínica.

Caso o local faça atendimento de fraturas ortopédicas, por exemplo, tanto o raios-x convencional quanto o digital atendem a demanda. Já quando a realização de procedimentos como colocação de cateteres é mais comum, será necessário o equipamento com fluoroscopia.

Entender as necessidades da clínica é fundamental para um investimento mais acertado e que trará melhor custo-benefício à operação.

Preço

Devido à tecnologia utilizada, um equipamento digital apresenta custos de aquisição superiores ao de um equipamento convencional e esse aspecto pode ser relevante para não ultrapassar o orçamento disponível na clínica.

Entretanto, é importante que os gestores pensem no médio e longo prazo, uma vez que a operacionalização do aparelho digital, por não demandar recursos para impressão da imagem radiológica, apresenta custos menores.

Pode-se ponderar ainda fatores como comprometimento com a modernização dos processos e a atratividade para os pacientes da clínica.

Manutenção

A manutenção do aparelho de raios-x, independentemente dele ser convencional ou digital, é uma exigência legal, portanto, deve ser considerada pelos gestores.

A recomendação é fazer a cotação dos principais componentes do aparelho de raios-x como tubo de raios-x, transformador de alta tensão, colimador, carcaça protetora, console de operação, filme radiológico e outros.

Verifique as diferenças de custos entre os componentes dos aparelhos avaliados, ponderando os custos de manutenção associados a cada equipamento.

Níveis de radiação

Atualmente, um aspecto importante é a exposição à radiação de pacientes e colaboradores. Equipamentos de raios-x digital reduzem significativamente o nível de exposição e a necessidade de refazer exames, tornando-se uma opção mais vantajosa nesse sentido.

Digitalização dos processos

Por fim, os gestores precisam ponderar sobre os objetivos de digitalização dos processos da clínica.

Se houver a pretensão de investir em soluções como telerradiologia ou mesmo em um software de voz para laudo torna-se importante contar com o equipamento de raios-x digital para viabilizar essas práticas.

Com isso, pensando no desenvolvimento futuro da clínica pode ser mais vantajoso o investimento em um aparelho mais moderno.

Ver outros posts