Como funciona um aparelho de raio-x?

20 de julho de 2021

Modernizações no funcionamento do aparelho de raio-x viabilizaram novidades na área, como a expansão do laudo a distância. Saiba mais aqui!

O aparelho de raio-x, ao lado de outros equipamentos radiológicos, é central no diagnóstico e monitoramento de patologias nos dias atuais. As inovações e aprimoramentos dessas tecnologias continuam e viabilizam mudanças importantes, como o laudo a distância.

Atualmente, os aparelhos de raio-x podem ser de diferentes tipos, tamanhos e preços, o que contribui para ampliação do acesso aos serviços radiológicos. Saiba mais sobre o funcionamento desse equipamento a seguir!

Como funciona o aparelho de raio-x?

O aparelho de raio-x tem diferentes componentes, como o tubo de raios-x, transformação de alta tensão, colimador, carcaça protetora, console de operação, grade, bucky mural e filme radiológico.

Quando o equipamento é iniciado, o gerador de raios-x produz um feixe de radiação, formado por partículas que saem pela abertura do tubo e atingem a parte do corpo examinada.

Essas partículas de radiação atravessam o corpo do paciente, sendo que ocorrem diferentes níveis de absorção da radiação por parte dos tecidos anatômicos.

Os raios não absorvidos, que são aqueles que passam pelos tecidos moles, chocam-se contra a chapa que fica na outra extremidade do aparelho, na mesa na qual o paciente está posicionado.

Essa chapa é sensível à radiação e consegue formar uma imagem nítida que revela os diferentes níveis de absorção das partículas que passaram pelo corpo do paciente.

Apesar desse processo consistir no funcionamento básico do equipamento de raio-x, há diferenças entre aparelhos convencionais e digitais.

Aparelho de raio-x convencional

O aparelho tradicional é, em geral, fixo na sala de radiografia. Ele inclui uma mesa horizontal e uma chapa vertical que são movimentadas para melhor posicionamento do paciente de acordo com a área examinada.

Nesse caso, a captação da imagem depende da gravação em filme, composto por sais de halogeneto de prata. Por tal razão, o exame radiológico é entregue em chapa e depende do processo de revelação do filme.

Apesar de ser muito usado por décadas, esse equipamento tem sido substituído pela versão digital, pois implica em maior exposição à radiação, exige o uso de químicos que são prejudiciais ao meio ambiente e encarecem o exame e tem a qualidade reduzida.

Aparelho de raio-x digital

O equipamento de raio-x difere do tradicional principalmente pela forma de captação e formação das imagens radiológicas.

No digital, as partículas emitidas atingem uma placa sensível à radiação que, em seguida, forma uma imagem em pixels no computador conectado ao equipamento.

Além da transmissão direta da imagem ao computador, alguns equipamentos funcionam por meio do escaneamento das imagens para que seja possível visualizá-las no computador.

No computador, um sistema específico para esse fim converte os dados recebidos em imagem compatível com formatos digitais, o que permite a realização do laudo a distância, por exemplo.

A radiologia digital tem como benefícios exigir uma exposição à radiação menor do que a convencional, além de a imagem ser mais nítida.

Como é feito o exame de raio-X?

Para realização do raio-x o primeiro aspecto importante é atentar-se às orientações, pois pode ser necessário jejum ou outros cuidados, especialmente em radiografias com contraste.

A qualidade do exame vai depender de uma série de cuidados por parte do técnico em radiologia, como:

  • manter o ambiente organizado e higienizado;
  • verificar a disponibilidade dos materiais e equipamentos antes de iniciar o atendimento;
  • instruir o paciente, sobre como a retirada de alguma peça de roupa ou uso do avental de chumbo para proteção;
  • posicionamento correto do paciente na frente da chapa, seja deitado ou em pé;
  • inserir o filme radiológico no equipamento e checar a posição da grade;
  • na sala protegida, definir os parâmetros específicos do exame;
  • calcular o tempo de exposição e quantidade de radiação, evitando que o exame fique opaco ou pouco nítido.

Portanto, os diferentes passos para realização do raio-x devem ser conhecidos do técnico em radiologia que é qualificado para operar o equipamento.

No entanto, também é importante que a clínica ou hospital estabeleça procedimentos claros e transparentes, o que aumenta a segurança, produtividade e qualidade do trabalho desse profissional.

O paciente também tem um papel importante na qualidade do exame, especialmente mantendo-se imóvel após o posicionamento para evitar distorções no exame.

Como o laudo a distância influencia a área radiológica de clínicas e hospitais?

O laudo a distância não é uma novidade, mas só tornou-se possível com o advento do raio-x digital, uma vez que o exame é realizado na instituição de saúde, mas o laudo é emitido em uma empresa parceira.

A comunicação em tempo real entre as instituições ocorre por meio da internet e a transmissão da imagem pelo RIS – Radiology Information System – ou outro software focado em telerradiologia é uma das etapas para que esse serviço seja possível.

Portanto, atualmente, gestores podem investir em um aparelho de raio-x digital na instituição sem precisar ter toda a infraestrutura de um departamento radiológico, o que é viável devido ao laudo a distância.

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